Grávidas expostas a poluição do ar dão à luz bebês menores
Mulheres grávidas expostas a gases poluentes têm um risco mais elevado de dar à luz uma criança de baixo peso, segundo um amplo estudo internacional publicado nesta quarta-feira nos Estados Unidos.
“São níveis de poluição do ar aos quais estamos todos expostos no mundo”, afirma uma das autoras do relatório, Dra. Tracey Woodruff, professora de ginecologia e de ciência da reprodução na Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Um baixo peso no nascimento (menos de 2,5 kg) está vinculado a maiores riscos de doenças e mortalidade pré-natal, assim como a futuros problemas crônicos de saúde, destaca o Dr. Payam Dadvand do Centro de Pesquisa em Epidemiologia Mental (CREAL) em Barcelona, outro dos co-autores.
Woodruff destacou que os países que têm normas mais rígidas para limitar a poluição dos carros e das fábricas a carvão registram níveis menores destes poluentes.
“Nos Estados Unidos, demonstramos durante vários anos que os bons resultados para a saúde e o bem-estar público da redução da contaminação do ar são maiores que os custos”, disse.
A pesquisa foi baseada em três milhões de nascimentos em 14 cidades de América do Norte, África do Sul, Europa, Ásia e Austrália, no período das décadas de 1990 e 2000.
As partículas poluentes que se encontram no ar são medidas em microgramas por metro cúbico de ar.
Assim, nos Estados Unidos as normas federais limitam a concentração média anual a 12 microgramas/m3. Já na União Europeia, o limite é de 25 microgramas/m3, e em Pequim foram medidos mais de 700 microgramas/m3.
“Estes níveis são insustentáveis para a saúde pública mundial”, destaca Mark Nieuwenhuijsen, do CREAL, outro responsável pelo estudo.
O estudo foi publicado pela revista médica Environmental Health Perspectives.
Texto extraído de Exame.com