Índio brasileiro recebe prêmio por defender sua comunidade
Hoje é comemorado o Dia do Índio, certo? Então, nada mais justo que o post de hoje fazer jus a este povo que desde sempre é guerreiro (merecendo nosso respeito todos os dias!) e nos traz grandiosos exemplos de preservação e comunhão com a natureza. Leia:
O líder ativista indígena brasileiro Almir Narayamoga Surui trabalha há mais de 20 anos em defesa de sua comunidade e da proteção da floresta amazônica. Sua trajetória de vida foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que lhe concedeu, no dia 16 de abril, o prêmio Herói da Floresta, durante o Fórum das Florestas da ONU, realizado em Istambul, na Turquia.
A população da tribo Surui foi reduzida de cinco mil para 292 pessoas.

Na cerimônia da entrega do prêmio, o líder indígena afirmou que proteger as florestas tem sido um desafio real. Segundo ele, os grandes projetos de desenvolvimento na região amazônica trazem também consequências sociais e ambientais negativas.
Narayamoga afirmou que, no Brasil, a tendência é equiparar desenvolvimento com o corte de árvores – ação que ele tenta combater, pois, em sua visão, é possível ter desenvolvimento sem precisar da desmatação.
Em Istambul, o indígena explicou aos jornalistas que sua comunidade começou a sofrer extinção após o primeiro contato com não-indígenas, em 1968. A população da tribo Surui foi reduzida de cinco mil para 292 pessoas. Foi neste cenário que Narayamoga se tornou líder do povo Surui, aos 17 anos, e começou a buscar soluções para os problemas.
Para o indígena, o diálogo é um instrumento importante, assim como a consciência, o respeito e o valor da cultura e da floresta. “A floresta tem que ser usada com responsabilidade, com respeito e com estratégia”, destacou.
O brasileiro conseguiu negociar com o governo a construção de escolas e postos de saúde para o povo Surui. Com o Banco Mundial, ele conquistou a reforma de um programa de desenvolvimento para que grupos indígenas pudessem ser beneficiados.
Almir Narayamoga lembra que a preservação é importante porque as florestas trazem equilíbrio climático. O líder Surui conseguiu ainda uma parceria com o Google Earth para que os indígenas aprendessem a usar a tecnologia digital e assim, monitorar e mapear a floresta onde vivem. Ele também criou um plano de 50 anos para a conservação em larga escala da Amazônia.
Texto de extraído de: EcoDesenvolvimento.